Vinho Novo

“Ora, os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Vieram alguns e lhe perguntaram: Por que motivo jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, mas os teus discípulos não jejuam? Respondeu-lhes Jesus: Podem, porventura, jejuar os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Durante o tempo em que estiver presente o noivo, não podem jejuar. Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; e nesse tempo, jejuarão. Ninguém costura remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo novo tira parte da veste velha, e fica maior a rotura. Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos. ” (Mc 2:18-22. Precisamos entender uma primícia da fé cristã: quem está em cristo vive em novidade de vida todos os dias. Os modelos, as tradições e até conceitos de espiritualidade tem seu valor, mas muitas vezes podem se tornar o entrave para nossas vidas! “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. ” (2Co 5:17) “Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Por isso, vinho novo é posto em odres novos” (Mc 2.22). Nossa grande necessidade e romper com as velhas estruturas estabelecidas na mente, para podermos receber o novo vinho da Pessoa de Cristo em nós. Antes disto quero explicar tecnicamente o que era um odre: O odre era feito de peles de carneiro, flexíveis. Enquanto novo, o odre tinha a capacidade de se esticar à medida que o vinho novo ia se expandindo dentro dele. Quando se tornava velho, perdia sua capacidade elástica, tornando-se rígido demais. Qualquer porção de um novo vinho ali depositado seria o bastante para provocar a ruptura do recipiente, já em seu limite máximo de expansão. O VINHO NOVO REPRESENTA JESUS, E OS ODRES, NOSSAS ESTRUTURAS DE MENTE. 1 – DESFRUTANDO DA PRESENÇA DO NOIVO – Esta história começa com uma discussão envolvendo os discípulos dos fariseus e os de João, que perguntavam sobre a razão dos discípulos de Jesus não jejuarem. O Mestre, sabiamente, utiliza-se da ilustração do noivo e de seus convidados, que numa festa de casamento não podiam estar pensando em jejum. Ele procura mostrar que numa ocasião assim é mais comum a alegria e a descontração dos convidados, do que a reverência e introspecção dos que jejuam. Jesus não condenava a prática do jejum. Apenas queria que as pessoas percebessem que o Noivo estava presente, e, por isso, seus convidados festejavam. Ele próprio era o Noivo que alegrava o arraial, embora muitos não desfrutassem de Sua presença. Os religiosos permaneciam em seus rituais costumeiros, incluindo a própria prática do jejum (para alguns, um mero ritual), deixando de aproveitar alegremente a companhia d’Aquele que se fez carne para habitar entre nós. Jesus estava ali, mas muitos O procuravam em outro lugar. A tradição, os costumes fizeram com que eles não percebessem de quem eles estavam do lado, dá para acreditar? Eles estavam ao lado do Messias, ao lado do criador do universo, do mestre dos mestres e mesmo assim, ficavam olhando para as tradições ao invés de alegrar-se com a presença de Jesus! Muitas vezes os ritos roubam nossa alegria, roubam nossa capacidade de ver Deus, roubam nossa alma do propósito de Deus. 2 – O JEJUM QUE TRAZ DE VOLTA O NOIVO AO CORAÇÃO – Jesus disse que enquanto o noivo estivesse presente, não haveria razão para jejuar. Quando, porém, fosse tirado do meio deles, então jejuariam. Ele estava dizendo que no momento certo os discípulos passariam à prática do verdadeiro jejum. Não daquele que não passava de um mero ritual religioso, mas do que pudesse reavivar a presença do noivo nos corações. É assim, que acontece quando jejuamos de forma consciente, desejosos de uma experiência real com o Senhor. No jejum, abstemo-nos de alimentos ou de atividades lícitas, para nos devotarmos à prática da oração. Como resultado, o entendimento espiritual se abre para tornar mais real a presença de Cristo em nosso interior. 3 – A DIFERENÇA ENTRE O VELHO E O NOVO – O poder de Deus se renova! Uma das coisas mais estranhas que observo na vida de muitos cristãos é que este querem prever como Deus age e até determinar como Ele agirá na vida dos outros, porém, a verdade é que isso não é correto! Deus é muito criativo para agir de forma igual em diferentes pessoas! Quando pensamos em batismo com o Espírito Santo por exemplo, vemos exatamente isso, cada um é batizado de um jeito, em uma ocasião, sozinhos, recebendo uma oração, enfim, Deus é criativo e faz do jeito Dele. Deus é um Deus de novidades e de inovações,pois quem inova sempre é Ele, é Ele quem nos modifica, quem faz milagres novos todos os dias, quem nos traz experiências novas todos os dias. Quem quer viver com Deus da maneira que viveu ontem será um odre incapaz de conter a novidade de Deus! Compreendem? A nova relação com Deus, só combina com novas disposições de coração, mente e vontade. Os discípulos dos fariseus e os de João estavam perdendo a oportunidade de desfrutar do Vinho novo, porque seus odres estavam envelhecidos pela tradição e pelos costumes, que só os condicionavam a uma velha maneira de viver. Eles tinham dificuldades de romper com esse estilo de vida para receberem o vinho novo de Jesus. Molde antigos são furados! Matam, escravizam, precisamos ter um odre novo para o o novo que Deus fará em nós e através de nós! Decida viver em novidade de vida, novas experiências com Deus diariamente, por isso nosso odre deve ser renovado todos os dias! As velhas tradições religiosas estavam impedindo que algumas pessoas pudessem ter uma nova experiência com Jesus. Havia urgente necessidade de se romper com os velhos padrões de conduta para abraçar uma nova vida em Cristo, aqui representada pelo vinho novo. Shalom.

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