Mulheres Únicas!!
Ao longo de toda história, a mulher sempre foi discriminada, abusada, coagida e reprimida. Sua natureza fisicamente mais frágil e a cultura patriarcal machista predominante na grande maioria das civilizações formaram o cenário propício para injustiças, crueldades e covardias das mais sórdidas praticadas contra a mulher. Tenho pra mim que essa mancha machista na história da humanidade nunca deixará de existir. A opressão praticada historicamente contra o sexo feminino repercute vorazmente ainda hoje na mente de milhões de pessoas, o que acaba por influenciar cabalmente a maneira como é formada nossa cosmovisão, ou seja, os valores e princípios que regem a nossa conduta. Isso acontece desde as altas cúpulas na academia até as mais informais relações familiares dentro dos lares.
Pois bem, diante desse cenário histórico desfavorável e injusto, qual tem sido a resposta da sociedade? Claro que não se pode generalizar, existem setores da sociedade que não se deixam manipular pela grande mídia e mantêm firmes seus valores. Contudo, não é difícil notar que os principais meios utilizados atualmente para o combate a opressão feminina, na maioria das vezes, são bastante parecidos com aqueles utilizados historicamente pelos homens contra as mulheres, ou seja, a busca por humilhar, descaracterizar e destruir a figura do outro, no caso de hoje, a figura masculina.
Mas seria esse mesmo o melhor caminho? É querendo subjugar o homem e transformá-lo em uma criatura de segunda classe que a mulher legitimará seu lugar? É considerando-se um ser superior que ocupará todos os espaços na sociedade que a mulher resolverá os conflitos e a discriminação histórica que sofre? É buscando ser quem não é que a mulher afirmará sua identidade diante do mundo? Partindo do pressuposto cristão, não poderíamos conversar e pensar a respeito de soluções menos vingativas e mais calcadas nos princípios das Escrituras Sagradas?
O movimento que vemos hoje, encabeçado por uma parcela considerável e bastante poderosa da grande mídia e das grandes agências de publicidade, levanta a bandeira pela banalização do homem, como se este fosse incapaz e inferior, como se o homem fosse completamente dispensável e seus dias estivessem contados. Muitos setores já trabalham até pela valorização de homens afeminados. A masculinidade tradicional, aquela em que o homem age como homem, veste-se como homem e fala como homem, tem sido francamente combatida nos dias atuais. Muito disso também é culpa dos próprios homens que historicamente se comportam de forma relapsa, fraca e, muitas das vezes, até covarde diante dos desafios que a vida adulta apresenta. O que dizer do famoso problema da gravidez precoce que atinge milhões de famílias, em que o menino engravida a menina e nunca mais aparece? Ou então do pai que abandona covardemente o lar? Ou do marido alcoólatra que agride violentamente a esposa? Essas e inúmeras outras tristes situações acabam, obrigatoriamente, colocando as mulheres na linha de frente da vida, na liderança e no sustento financeiro e emocional do lar, tarefa que a grande maioria delas faz com grandeza, excelência e muita garra. Claro que estamos tratando de um problema sociológico histórico que não se resolve do dia para a noite; contudo, minha questão continua sendo: qual resposta temos dado frente a esse cenário? Pagar na mesma moeda, apelando para ridicularização e inferiorização masculina é o caminho mais sábio? Estamos querendo construir ou destruir? Estamos mais interessados na vingança ou na construção de pontes que amenizem o problema e o sofrimento de milhares de pessoas no futuro?
Quem acusa a fé cristã de machista não sabe do que está falando.
Em certo sentido, a fé cristã não propõe igualdade ou uniformidade entre homens e mulheres, antes, propõe dignidade e respeito mútuos. Ninguém é maior ou melhor. Homens e mulheres apenas possuem papéis completamente distintos, mas que, paradoxalmente, completam-se. Quem acusa a fé cristã de machista não sabe do que está falando. Na cultura judaica altamente patriarcal dos tempos do Novo Testamento, os rabinos consideravam errado ensinar uma mulher, mas Jesus quebrou esse paradigma. O maior defensor da dignidade feminina de todos os tempos ensinou as mulheres com a mesma desenvoltura com a qual ensinou os homens. Outro exemplo bíblico marcante é o reconhecimento que o evangelista Lucas dá às mulheres em seus escritos datados do século I. Àquela época, mulheres não tinham absolutamente nenhum valor, assim como pobres, crianças e pessoas de má fama. Lucas, o médico amado, é o único entre os evangelistas a fazer referência a Marta e Maria, Maria Madalena, Joana e Susana. Há também mulheres que ele não menciona pelo nome, como a viúva de Naim, a quem Jesus restaurou o filho morto, a senhora aleijada, a quem Ele curou, e a mulher pecadora que ungiu Seus pés. Esse traço de Lucas é marcante e revela o caráter gracioso de Cristo enquanto esteve entre nós. O Homem-Deus fazia questão de que mulheres fizessem parte e estivessem ativas na construção de Seu Reino. Outro que é acusado injustamente de machista é o Apóstolo Paulo. Seu respeito e militância pelas mulheres eram admiráveis! Em uma sociedade machista, em que elas não tinham direito algum e estavam sujeitas a todo tipo de injustiça e desrespeito praticados por seus maridos, o apóstolo em alto e bom som na sua carta aos Efésios brada: “Maridos, amem suas esposas como a seu próprio corpo”. Uau! Se isso já é subversivo nos dias de hoje, imaginem à época em que foi escrito! E ainda chamam o apóstolo de machista! Há que se domar os impulsos odiosos antes de se desferir palavras violentas contra aquilo que as Escrituras realmente dizem sobre as mulheres.
Deus fez a mulher e somente a ela designou papéis fundamentais e insubstituíveis para o desenvolvimento de uma sociedade.
Sugiro às meninas que não caiam nessa de apoiar e dar risadas de piadinhas, conversinhas ou propagandas que ridicularizam os homens. Não é e nunca foi essa a proposta da fé cristã. Não é desmoralizando e diminuindo o homem e seu papel dentro da sociedade que resolveremos alguma coisa. Sejamos menos vingativos e mais visionários em nossa vivência diante de Deus. Um erro nunca poderá servir de fundamento para outro.
Que fique claro, como disse acima, que estamos tratando de um problema colossal de ordem histórica, e não tenho a intenção de trazer todas as respostas para a discussão. Que fique claro também que neste texto, resolvi tecer alguns comentários que julgo pertinentes para a reflexão em torno do público feminino, mas que tenho total ciência de que muita coisa deve ser corrigida também no comportamento masculino. Sendo assim, permitam-me que apresente o seguinte raciocínio:
Mulheres, vocês não precisam transformar-se em homens. Não precisam ser quem os homens são ou estar onde os homens estão. Cada qual tem sua missão e uma complementa a outra. Não estamos em guerra, estamos juntos trilhando um só caminho. Imaginem, vocês, se a mulher moderna entendesse quão bela é a dádiva do serviço à família. Que sem a mulher por perto, nossos lares desmoronam. Que não há demérito algum em submeter-se a alguém. Que a submissão bíblica não é má, não significa desigualdade e inferioridade, pelo contrário, a submissão bíblica significa grandeza e humildade. Imaginem se a mulher moderna percebesse que o maior entre todos os seres humanos, Jesus Cristo de Nazaré, o Deus-Homem, é o grande exemplo de submissão a quem temos o dever de obedecer e observar. Ele se submeteu ao Pai desde antes da fundação do mundo, porém, nunca foi menor que o Pai! Sem Jesus, o plano do Pai simplesmente desmoronaria!
Perdoem-me se de alguma forma lhes ofendi com minhas palavras, mas vivo no meio de duas mulheres que subscrevem absolutamente tudo que escrevi aqui. Mulheres grandiosas que entenderam seus papéis diante de Deus e dos homens. Mulheres que marcam minha vida e a vida de todos que se aproximam delas, não por quererem humilhar os homens, mas por saberem do papel fundamental que cada uma tem no seio de suas famílias. Mulheres que entenderam que podem, sim, ter uma vida ativa e muito bem-sucedida longe da família, mas que nada, nunca, vai suprir a falta que elas fazem dentro do lar. Uma delas, inclusive, é a única mulher do mundo que eu escolheria para ser a mãe dos meus filhos, tamanho é seu senso abnegado em favor da família. Ah! Não pensem vocês que, por causa disso, ela não se importa com trabalho e com estudo; pelo contrário, estamos falando de uma jovem que acorda todos os dias às 7h da manhã e volta para casa tarde da noite para dar conta do trabalho que desenvolve com autistas e do término do estágio de sua faculdade de Pedagogia. No entanto, não vejo no olhar dela um orgulho feminista, que bate no peito bradando em alta voz que tudo pode conseguir sem os homens e que estes são dispensáveis. Antes, noto em seu dia a dia uma piedade cristã, que tudo faz a para glória de Deus e que acredita verdadeiramente que, abaixo dEle, a família é o que há de mais importante na existência humana e que nenhum sucesso mundano compensa o fracasso do próprio lar.
Claro que não estamos falando de matemática, e essa conta nem sempre é exata, mas, em muitos casos, um garoto criado longe da mãe será um homem muito menos virtuoso e educado do que poderia ser. Uma menina que cresce distante da mãe perderá seu referencial de mulher e, possivelmente, sentir-se-á perdida e sozinha muito mais vezes ao longo de sua história. Um marido sem sua esposa é um poço de solidão, um incompleto, um carente de apoio e carinho para seus empreendimentos sociais, emocionais e espirituais. Para boa parte das mulheres modernas, o lar perdeu o valor inestimável que possui. Esse senso distorcido contribui para uma geração mais mal educada, mais carente, abandonada e desorientada, que busca algo perdido dentro do olhar daquela mulher amada que já não está mais dentro de casa.
Que a mulher conquiste o mundo sim, mas nunca se esqueça de que o maior mundo que ela pode conquistar é o sucesso do seu próprio lar.
Que Deus nos alcance !
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